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Défice do estado
O anúncio do défice das contas do Estado de 2006 de 3,9% contra o objectivo de 4,6% é uma boa notícia.
Mas…
Se o Ministro das Finanças fosse gestor de uma empresa teria de explicar muita coisa numa Assembleia de accionistas antes de chegar ao “bottom line”
Teria de informar a qualidade das diversas rubricas que compõem a demonstração dos resultados:
Se as produtos e serviços têm qualidade e preço concorrencial;
Se os clientes estão satisfeitos e estão assegurados no futuro;
Se os custos de eficiência (pessoal + FST + amortizações) estão ajustados à actividade;
Se estrutura está operacional: Pessoal motivado e devidamente remunerado; Equipamento modernizado: Instalações funcionais e com bom ambiente de trabalho;
Se as provisões estão bem constituídas e cobrem os riscos;
Qual o valor de receitas extraordinárias que no futuro não se repetem;
Etc.
Tudo isto e muito mais informações teriam de ser muito bem explicadas.
Mas o Ministro das Finanças está a gerir um sector sem concorrência e pode praticar preços (leia-se impostos) não concorrenciais.
Os clientes (leia-se contribuintes) não podem mudar de fornecedor…
Então aquele resultado foi obtido não pela redução dos custos de estrutura mas pelo aumento dos impostos.
Porém como muito bem explica Luís Filipe Menezes no seu blog bastava o Governo ter realizado parte do investimento projectado no valor de 800 milhões de euros para o défice atingir 4,7%, isto é, ultrapassar o orçamentado.
Ah, esquecia-me…
Temos 10 estádios de futebol novinhos.
Mas…só três são utilizados.
CMRSilva