milhorey

Friday, September 28, 2007

Se isto é verdade...

Na página 33 do Correio da Manhã vem um notícia que a seguir transcrevo, com a devida vénia.

"Saddam - Saída em troca de mil milhões
Um mês antes da invasão do Iraque, o deposto ditador iraquiano, Saddam Hussein, propôs ao Presidente norte-americano, George W. Bush, mil milhões de dólares em troca da sua resignação pacífica e ida para o exílio. A revelação é feita numa transcrição de conversas mantidas, em Fevereiro de 2003, entre Bush e o então primeiro-ministro espanhol, José Maria Aznar, no rancho do presidente no Texas"

Se isto é verdade...

CMRS

Thursday, September 27, 2007

TGV ou RAVE (à portuguesa)

A procissão ainda não está no adro e já há contestação quanto ao seu trajecto.
Estou a referir-me ao traçado planeado para o TGV ou, se quiserem, RAVE como se chama o comboio de alta velocidade em Portugal.
A população de Almagreira põe em causa o traçado, o mesmo sucedendo com Alcobaça. E o que para aí virá.
O problema é que há muita gente que não consegue perceber do interesse de um país tão pequeno ter este meio de transporte.
Há países muito maiores de Portugal e, muito mais desenvolvidos, que não o têm.
Dizem uns entendidos que as obras irão gerar trabalho e, assim, reduzir o desemprego. Sim, é verdade mas e depois?
O mesmo já se dizia dos Estádios de futebol... Mas já viram o retorno desse megalómano investimento.
Em Pombal não será, certamente, só Almagreira a ser prejudicada e, assim sendo, a Câmara deveria ter uma posição firme na defesa do seu concelho.
Vamos estar atentos
CMRS

Wednesday, September 26, 2007

Pensamento

Pensamento enviado por Manuel Calado

Quando nasceste estavas a chorar
e todos ao teu redor estavam a sorrir.
Vive a vida de maneira que,
quando chegue a hora da tua morte,
tu estejas sorrindo
e os que te rodeiam estejam chorando!

Sunday, September 23, 2007

Outono



Foto de Rachel Canto e Steve Schleifer de FOTOS & PHOTOS, com a devida vénia








O Outono da vida

“…..Solitárias, as árvores,
Exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
Com o vento soltam ais como se suspirassem;
E gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores…”

Eis uma parte de um belíssimo poema da António Gedeão…

A propósito do Outono do tempo, este Outono que me entristece um pouco não sei porquê, leio poemas e às vezes também escrevo alguns…
Escolho António Gedeão e verifico que me desperto com a lição de vida que ele me dá. Sós, sempre sós… as árvores, no entanto dão flores…
Digamos que em tudo sempre há e haverá renovação, porquê então desesperar?...
Lembro-me de quem está só e fico triste, porque a solidão é destruidora, desesperadora!
E o pior é que muitas vezes se está só no meio da multidão…
Contudo a Natureza renova-se constantemente!
Deixemo-nos então envolver por ela, acompanhemos o cair das folhas na esperança de as ver renascer…
Aproveito o Outono para me preparar para o Inverno. Arranjo roupa quente, procuro lenha, limpo chaminés…
Organizo novos projectos, renovo a casa, faço viagens…
Ah, este Outono da vida que me levanta nas asas da melancolia…

E Você?...
Vamos, levante-se, ria, converse, sinta a natureza linda do Outono com as suas cores de amarelo/laranja. Descalce-se, corra na areia molhada e sinta o friozinho suave da maresia…
Se não puder fazer nada disto, ainda assim, procure o sol de Outono, respire o ar puro da natureza e renove-se interiormente, lendo, meditando e agradecendo a Deus por estar vivo.

(Artigo escrito por Ercília Ribeiro da Silva e publicado no jornal Preto no Branco)
ercília48@gmail.com

Sunday, September 09, 2007

Uma pequena (grande) história de amor























Uma pequena (grande) história de amor

Vale a pena contá-la e começa assim: Há cerca de 10 anos, quando me encontrava livre de vários compromissos que tinha até ali (politica e trabalho), comecei a dedicar-me a uma outra tarefa que tanto tinha desejado e que nunca tinha tido oportunidade de conseguir: «aprender a pintar e aprender história de arte».
Percorri vários caminhos durante estes 10 anos, fazendo cursos, lendo muito, estudando, enfim, aprendendo, aprendendo como quem vai de passo a passo querendo entrar num mundo espectacular, feito de verdade e fantasia, de conhecimento e emoções, de revolta e paz, de amor e paixão.
Não é muito o tempo passado, mas dá para chegar à conclusão que a minha vida mudou, o meu pensamento mudou, o meu conhecimento mudou, enfim eu sou uma pessoa diferente.
Sentada sobre mim mesma, meditei como teria sido se, o que sei hoje sobre arte, o tivesse sabido com 10, 15 ou 20 anos!
Eis o que me propus fazer: Dar aos jovens, que o quisessem, este meu conhecimento, pequeno embora, através de encontros que todos chamámos de «aulas de desenho – aprender a olhar e a sentir a arte». Na aldeia do Carlos, Cercal-Soure, que é uma aldeia portuguesa com um nível de cultura espectacular: Com apenas 600 habitantes, lá existem: Uma Banda Filarmónica com escola de Música (Vários jovens já frequentam o Conservatório de Música em Coimbra), Um Rancho Folclórico federado, Um Grupo de Teatro, Duas Bandas Rock, Um Grupo de Música Tradicional Portuguesa e também guitarristas, Fadistas...
Faltava a Pintura e algum conhecimento sobre arte o que eu me propus acrescentar. Durante vários meses, fomo-nos reunindo e, além de ensinar o desenho à vista completamente estruturado, conversámos sobre o impressionismo, o expressionismo, o cubismo, o surrealismo e fomos consultando e lendo partes de bons livros de pintura para podermos abordar e aprender a conhecer a arte e a vida de Picasso, Salvador Dali, Van Gogh e outros. Não foi um conhecimento muito profundo, nem poderia ser, mas foi uma boa abordagem que começou a mexer com eles. A seguir às férias da Páscoa eu tive a primeira certeza disso: Um Jovem com pouco mais de 10 anos tinha visitado, em Madrid os Museus do Prado e Rainha Sofia e estava numa felicidade que contagiava a todos. Em Maio algumas das meninas já me diziam que estavam muito felizes por ali estarem e que as suas notas nas disciplinas de desenho tinham melhorado, enquanto uma me dizia que estava surpreendida com o que era capaz de fazer (olhando e desenhando, utilizando a luz e sombra). Falámos de construção e desconstrução. Falámos de «olhar e observar». Falámos de sentir a arte. Falámos de conhecer o artista através do seu trabalho ou de saber as suas angústias e alegrias como se, ao observarmos uma obra de arte, estivéssemos a ler um poema e através dele a conhecer o interior do seu autor.
Em Agosto, na festa da aldeia foi apresentado um trabalho completo pintado a óleo pela participante mais velha (21 anos) e um trabalho colectivo de todos, desenhado e pintado com total liberdade contando uma história.
Para minha total surpresa, na abertura da exposição, os jovens oferecem-me uma bonita rosa e, com ela, uma folha escrita que dizia assim:

«Cara Ercília
O pouco tempo que passámos juntos a aprender a pintar, desenhar, rir, discutir, ralhar, brincar e tudo mais foi uma experiência muito engraçada.
Queríamos agradecer-lhe por nos ter incentivado a dar o primeiro passo no mundo da pintura, e por nos ter ensinado tudo aquilo que nos ensinou.
Vamos ter saudades do seu sentido de humor e da sua personalidade indescritível.
Porque além de ser professora de pintura, foi nossa amiga e companheira.
Gostámos muito de a ter como professora e esperemos que nos continue a transmitir a sua sabedoria.
De todos um enorme beijo (do tamanho do mundo)»

(por baixo o nome de todos estava escrito
)

Quando acabei de ler estas linhas, levantei os meus olhos rasos de lágrimas e abraçámo-nos como se não quiséssemos que aquele momento se fosse…

ercília pinto ribeiro da silva

Sunday, September 02, 2007

Menina do turbante


Quadro a óleo sobre tela pintado por Ercília, em 2001, em homenagem a Jan Vermeer autor do quadro original conhecido e produzido em cinema com o título "A menina do brinco".