milhorey

Sunday, June 22, 2008

MANUELA, O PSD E O PAÍS

Não me foi indiferente, nem poderia ser, a eleição de Manuela Ferreira Leite no PSD. Afastada que estou, há vários anos, da militância partidária, não estou nem estarei nunca afastada da política, porque esta faz parte da vida de todos nós. Ajudei a crescer este partido e, portanto, ligam-me a ele laços que nunca se esbatem, a menos, que algum dia, ele deixe de ser social-democrata.
Manuela Ferreira Leite é uma mulher de fibra, social-democrata convicta, da velha guarda, de quando se arregaçavam as mangas para trabalhar, colar cartazes, escrever à mão, imprimir papel em máquinas movidas a manípulo, noites em claro, sandes mal comidas, enfim o que a militância daqueles tempos exigia, em que pagávamos tudo dos nossos bolsos com parcos recursos.
Lembrei-me de tudo isto quando Manuela foi eleita e penso que, não obstante os jovens tenham uma grande palavra a dizer no Partido e no País, a verdade é que a democracia precisa e precisará sempre dos mais velhos, pela experiência, pela sabedoria, pela ponderação.
Pedro Passos Coelho representa a juventude e, com a sua força de votos, creio que vai complementar o trabalho de Ferreira Leite.
O País está muito mal. Já esteve mal noutras ocasiões, mas sempre se levantou. Hoje ele está mal também porque os outros o estão. E, neste momento, não há volta a dar-lhe. A política já não se faz dentro de portas. As grandes resoluções têm que ser tomadas na União Europeia, com políticas concertadas. Por isso, importa, que os países de per si, saibam nela contribuir com inteligência, rigor e sensibilidade.
No Governo ou na Oposição, o PSD é uma grande força que representa uma parte importante da população que não se revê em nenhum outro partido, porque tem uma grandeza de espírito que move montanhas, vai à luta, não é conformista, não se acomoda e é por isso que tanta atenção suscita na comunicação social.
Quando alguns diziam que o PSD estava moribundo e iria desaparecer, revelavam total desconhecimento do que é esta força politica portuguesa. Nem com a morte de todos quantos o fizeram crescer, ele morrerá, porque nele existe e sempre existiu uma força incrível de juventude que é feita da mesma fibra.
Manuela Ferreira Leite sabe disso e conta com todos.
O PS continua a ter uma grande parte dos seus militantes agarrada aos velhos dogmas do Partido Comunista, agora a ser ultrapassado pelo Bloco de Esquerda, do «quanto pior melhor». E José Sócrates não consegue vencer isso. O atraso do nosso País tem muito a ver com essa força que domina a população através da CGTP que mobiliza as classes trabalhadoras contra elas próprias na ânsia de crescer partidariamente. E cresce, porque é muito fácil progredir a contestação quando não há pão. Todavia é preciso saber como se arranja esse pão.
As Grandes Reformas do Estado ficaram no princípio. Tal como eu previa e aqui escrevi em tempos, o PS não as deixou fazer. Estas pararam quando o Ministro da Saúde foi demitido. Sócrates cedeu e ficou refém do seu partido. Que pena!
Portugal está agora metido num «colete de onze varas» e não tem hipótese de solução, repito, senão através de uma União Europeia forte com políticas colectivas que nos obriguem a seguir o caminho certo.
Por tudo isto, Manuela Ferreira Leite foi a escolha certa para líder do PSD. Espero que Pedro Passos Coelho faça o que prometeu: dar-lhe o seu apoio e colaboração INCONDICIONAL. Estou certa que os militantes e os simpatizantes social-democratas saberão apreciar essa sua atitude. Um dia chegará também o seu momento.
ERCILIA PINTO RIBEIRO DA SILVA

Wednesday, June 04, 2008

Universidade Sénior de Pombal (2)








Continuação de trabalhos realizados nas aulas de Pintura da Universidade Sénior de Pombal
Estes e outros trabalhos serão apresentados em exposição durante o mês de Setembro na Galeria do Teatro Cine de Pombal.
Ercilia Pinto Ribeiro da Silva

Monday, June 02, 2008

aqueles que da lei da morte se vão libertando - ANTÓNIO COTRIM DAS NEVES

A este blog tenho trazido a história de pessoas que conheci e que já partiram, mas que, de uma maneira ou de outra me marcaram especialmente.
A pessoa que hoje homenageio deixou-nos no passado sábado, 31 de Maio.
O Senhor Neves era um homem especial.
Nasceu em Ferreira do Zêzere e cedo marchou para Lisboa. Ao mesmo tempo que trabalhava, estudava no velho Liceu Pedro Nunes.
Ainda muito jovem foi para Angola onde subiu todos os degraus da hierarquia duma das maiores Unidades Agrícolas do Mundo - a C.A.D.A.
Com os acontecimentos gerados pela independência e guerra civil de Angola regressou a Portugal e, em Àgueda, colaborou na criação e dinamização da Cooperativa Agrícola. Paralelamente, foi um dos fundadores da Caixa de Crédito Agrícola, onde até à sua morte exerceu o cargo de Director.
Colaborou também noutras associações ligadas ao sector agrícola e florestal.
O Senhor António Cotrim das Neves era um homem que quando abraçava uma causa a levava até ao objectivo traçado.
Dotado de uma grande experiência de vida e de uma forte capacidade de trabalho, era um «motor» que empurrava a máquina.
Era um companheiro de trabalho muito especial, com um forte sentido de lealdade e generosidade.
Um apaixonado por Angola onde planeava voltar, queria que eu o acompanhasse nessa viagem.
Fui a última pessoa a falar com ele. Ligou-me às 22h 34m. do dia 30, para me dizer que estava melhor.
Nove horas depois, partia!
Tenho muitas saudades. Todos os que com ele trabalhávamos temos muitas saudades!
Neste especial momento quero divulgar aqui aquilo que a ele me uniu: uma grande AMIZADE.
QUE A SUA ALMA REPOUSE EM PAZ!
Carlos Ribeiro da Silva