A profissão mais bela do Mundo

Da minha amiga ODETE ANTUNES, professora aposentada, aqui transcrevo os versos que ela dedicou a si mesma, numa emocionada referência a todas as professoras e professores que em tempos bem difíceis se dedicavam de corpo e alma, ensinando e preparando meninas e meninos nos mais recônditos lugarejos do nosso país. Quando eu era uma novata, E vesti esta bata, Farda de professora, Nem sequer imaginava O que me esperava Como educadora. Sózinha no «cu-de-judas», Sem quaisquer ajudas, Sala a abarrotar, Matérias que er'um horror Meu Deus e Senhor Vem me ajudar! Quando a criança aprendia, Saía ao pai ou à tia, Ai que inteligência!... Mas se a pobre criatura Era cabeça dura, Santa paciência: -O professor é uma besta, não ensina, não presta Até já o pôs de lado, Já lhe ralhou ou bateu, E agora o menino Está traumatizado! Se aparecia o inspector, Dava-me uma dor Ficava toldada. Pois era assim, sem contar, E a trabalhar Que era avaliada. Foi um tempo diferente, Muito exigente, De muito rigor. Se acaso houve violência, Foi para o aluno E p'ró professor! Ensinar e aprender Nunca pode ser Uma brincadeira. Escola sem autoridade Não é liberdade É uma bandalheira. Às vezes acarinhada Outras mal-amada, Eu sinto, bem no fundo: TIVE O FUTURO NA MÃO E A PROFISSÃO MAIS BELA DO MUNDO!...

A força do trabalho

Em 1936 Salazar escreveu o seguinte:

"Nós não discutimos o trabalho, nem como direito nem como obrigação. Nem como direito, porque isso seria obrigar aqueles que não têm mais do que os seus braços a morrer de fome; nem como obrigação, porque isso seria conceder aos ricos o direito de viver do trabalho dos pobres. Porque é dele (trabalho) que se alimenta a vida, que provém a riqueza das nações e deriva a prospseridade dos povos, o trabalho é uma glória e uma honra, com diferenças de utilidade e com uma diversidade de valor económico, mas com idêntica dignidade moral..."
Carlos

vida no campo

A paragem no tempo;
O olhar sobre a vida;
O sentir as coisas simples;
Habitar o momento.
Eis porque é possível ser-se feliz com tão pouco!
E, ao mesmo tempo, com tanto...
ercilia.