milhorey

Sunday, June 21, 2009

Economias alternativas

Do jornal de negócios da última sexta-feira (19JUN09) reproduzimos, com a devida vénia, o texto, abaixo descrito, da jornalista Lúcia Crespo (lcrespo@negócios.pt):

"Vai um quilo de batatas por uma massagem capilar? Ou um pano de croché?
Quanto vale uma galinha poedeira? Uma limpeza de pele, a medição da tensão arterial e tecido para uma saia. É assim no mercado solidário da Granja do Ulmeiro, uma aldeia vizinha de Soure, onde, em vez dos euros, os aldeãos trocam granjas, a moeda comunitária de papel colorido".
"Dois quilos de batatas. Um molho de alhos. Um saco de milho de freira. "Tenho aqui muita coisa", exibe o senhor António, o único homem entre 40 mulheres. "Ora muito boa tarde!". Casaco roxo, calça branca, sapato roxo. É dona Piombina quem se faz anunciar. Traz uma abóbora debaixo do braço".
Chega agora Emília. Vem com um grande pano debruado a croché.
"Sra. Emília, não vai haver granjas no mercado para pagar isto", brinca Andreia, a moça que coloca os rótulos nos artigos. Sábado à tarde. O relógio marca três horas. O mercado solidário está prestes a começar.»


Aldeias solidárias que dão um belíssimo exemplo de como é possível ainda modificar o MUNDO. Estamos a imaginar o prazer e a felicidade desta gente inteligente que, na adversidade que nos começa a engolir aos poucos, dá passos no sentido da valorização da partilha e da igualdade como valores indestrutíveis.
O nosso OBRIGADO!
Ercília e Carlos Ribeiro da Silva

Monday, June 08, 2009

RESULTADOS ELEITORAIS

Pese embora a grande abstenção que se verificou nestas eleições, acho que a Europa se mantém com um razoável interesse dos povos que a compõem. Ao contrário do que nos fazem pensar, a verdade é que a abstenção deve-se, não ao desinteresse pela Europa, para sim ao desinteresse dos povos pelos seus políticos e pelas politicas nacionais.

Aqui, em Portugal, naturalmente que as peripécias a que temos assistido relativas a alegadas corrupções e politicas de arrogância embrulhadas com mentiras e muita demagogia, leva a que as pessoas «vomitem» eleições. Digo, é preciso estar muito motivado e sentir no sangue o pulsar da necessidade democrática e de liberdade para nos arrastarmos até às mesas de voto.

Ainda assim o resultado foi feliz. Talvez que seja possível uma mudança de estilo. Contudo convém ter em conta a subida do PCP e do BLOCO que, tal como dizia António Costa do PS pode tornar o país ingovernável. É que o partido BE não é nem nunca será um partido de governo, não só pela sua genese mas pela sua própria natureza, que é apenas de contestação. E verifique-se que os seus votos são apenas votos de protesto. Pessoalmente penso que a continuar esta subida, ao BE lhe acontecerá como aconteceu ao PRD em 1987. O que é pena.

Ercília Pinto Ribeiro da Silva

Sunday, June 07, 2009

DIA DE ELEIÇÕES


Hoje é, para mim, dia de festa. O dia das eleições, sejam elas quais forem, é sempre um dia especial. Sinto-me particularmente importante porque o meu voto é importante. Sei também e sinto que honro as grandes mulheres que, no passado, sofreram e deram as suas vidas para que o momento do meu voto existisse.
Embora, neste momento eu me sinta desiludida com as politicas nacionais e com atitudes desonestas de muita gente de cá ou de lá que, sendo políticos ou não, influenciaram este desastre financeiro mundial, perante a incompetência e inoperância dos governos dos Estados, a verdade é que, ainda assim, o «não voto» não é, para mim, nunca um protesto, mas sim uma indiferença. E eu não sou indiferente.
Sinto-me revoltada como tantas pessoas, mas sei que sem a Europa nós, portugueses, não tínhamos o que temos (o desenvolvimento que tivemos);
Sem a Europa, neste momento, estaríamos falidos;
E, sem a União Europeia não teríamos estes anos todos de paz;
Por isso é preciso que a União Europeia exista cada vez mais forte e o meu voto vai contribuir para que isso seja assim. ENTÃO EU VOU VOTAR.
E se se quer que, a nível nacional o nosso voto seja também um voto de protesto, porquê ficar em casa.?..VOTE-SE CONTRA.
AO VOTARMOS SENTIMOS QUE A DEMOCRACIA EXISTE E ESTÁ VIVA E NÓS SOMOS UMA PEÇA IMPORTANTE DELA.
7 de junho de 2009
Ercília Pinto Ribeiro da Silva