milhorey

Sunday, August 21, 2011

AS MINHAS MEMÓRIAS!

Vale a pena recordar e transmitir algumas coisas interessantes que se passaram comigo ao longo da vida, tais como:

Quando comecei a trabalhar, em 1967 não havia subsídio de Natal, todavia eu recebia uma quantia superior ao ordenado, tal como todos quantos trabalhávamos naquela Caixa de Previdência situada na Avenida da República em Lisboa, por via de um «banco» criado naquela secção de trabalho. E funcionava assim:
Todos nós depositávamos numa «caixa-depósito» uma importância que já não me lembro quanto mas que não nos fazia falta no ordenado.Todos os meses. Essa importância era utilizada para empréstimos com juros pequenos a quem deles precisava, dentro daquela secção, ao longo do ano. No final tínhamos o dinheiro poupado e mais algum do rendimento e que sabia a mel no mês de Dezembro.

Esta foi a minha primeira lição de vida: pequenas poupanças dão grandes resultados.
Pela vida fora fui fazendo poupanças para férias. No primeiro mês seguinte ao final de férias de cada ano iniciava uma poupança dirigida às férias do ano seguinte.
Várias colegas se admiravam como podia eu fazer férias com viagens ao estrangeiro, se para elas isso era impossível? Eu ia respondendo e ensinando o meu truque.

Para falar verdade, fiz poupanças para muitas mais coisas. Sei que sempre me habituei a fazer um orçamento familiar e lembro-me que a minha filha um dia, a meio do mês me perguntou se caberia no orçamento a compra de uma coisa qualquer que não lembro agora. Sei que, se fosse coisa necessária claro que caberia... se não, não caberia mesmo.

E era assim.

Um abraço,
Ercília

Saturday, August 20, 2011

HÁ 50 ANOS!


Propus-me escrever umas quantas histórias de emigrantes e das saudades que todos eles transportam consigo mesmos. Um dia, um amigo a quem eu escrevo há 50 anos e que nunca mais voltou a Portugal, disse-me que tinha saudades de sítios onde eu não vou há outros tantos anos e, por estar cá e estar perto deles não me causam saudades nenhumas, nem sei se ainda existem, como sendo fontes naturais, presas de água para rega onde os rapazes tomavam banho e aprendiam a nadar, etc. Os cheiros que todos levaram consigo, as brincadeiras de crianças como «armar aos pardais», «ir aos ninhos». Brincadeiras que hoje as crianças, felizmente não fazem, mas que ficaram no imaginário dos rapazes do meu tempo. E tantas histórias engraçadas que se viviam naquele tempo e que nada têm a ver com os jogos de eletrónica que hoje as crianças e os jovens fazem. Além disso cada emigrante tem, ele mesmo uma história de vida que não se assemelha em nada com aqueles que por cá ficaram. O facto de estar a escrever isso, faz-me reviver situações engraçadas que, também a mim me fazem sentir bem. Todavia a vida de então era muito difícil, não havia luz, nem água canalizada, nem estradas como hoje. As mulheres do campo pariam a caminho da lavoura. Filhos eram muitos. Médico só era chamado em situações limite. Ainda assim, pensando bem, quais são as dificuldades de hoje? A não ser que ainda voltemos aos tempos de há 50 anos... Será?
Assusta-me pensar nisso...

Um abraço,
Ercília

Wednesday, August 17, 2011

À MINHA AMIGUINHA CAROLINA




Sabes que gostei muito das tuas obras de arte? E, tal como prometi, aqui estão para todos verem e olha que este blog é visto em vários países do mundo.
E,para matares saudades,aqui vai a tua gata Olívia


Boas férias
Beijinhos de Ercilia e Carlos

Friday, August 12, 2011

ISENTO DE IVA, dizem eles



Anúncio numa das 7 novas lojas de compra/venda ouro, prata e jóias de Pombal.
Até pode ser legal mas para mim tinha de ser explicado. Algum dos meus leitores sabe dizer-me porque é que é assim?
Estranho, também para mim, é o facto de em Pombal já haver 5 ourivesarias e de repente aparecem mais 7 lojas dedicadas a este negócio. Enfim temos de nos habituar a estes novos negócios.
Carlos Ribeiro da Silva

Wednesday, August 10, 2011

NOVOS AMIGOS!

Porque as pessoas são tão importantes para mim?
Hoje conheci e convivi com pessoas interessantíssimas. Pessoas que, passando à minha porta acharam interessante a casa. Verifiquei depois que eram artistas... está explicado porque a casa (velha) não lhe passou desapercebida. Depois...bem depois demo-nos a conhecer, trocámos contactos, quem sabe mais tarde voltaremos a encontrar-nos. Seremos com certeza amigos aqui, que é o que nos faz encontrar mais vezes.
Conversar, conviver, trocar ideias, enriquece-me a cada momento e não perco isso. Quando encontro alguém que me completa, não perco o momento e vivo-o com toda a intensidade. Há pessoas que nos fazem tão bem porque são lindas por dentro e estão de tal maneira cheias que transbordam para as nossas almas, no caso para a minha alma. Enchem o meu espírito. Esta minha aldeia também tem isso. Tem gente interessante, gente importante pelo que tem dentro.E recebe gente interessante, também. Estou, portanto, feliz!
Um abraço,
Ercília

Monday, August 08, 2011

O POEMA QUE ESCREVI...

Não, não se preocupem meus queridos amigos, o poema que abaixo está escrito não é consequência de desânimo ou tristeza. Todavia é o resultado de uma expectativa de futuro que nos espreita. Às vezes penso, quando faço um balanço da vida, que é injusto para mim e para tantos portugueses, que, depois de tanto batalhar, a vida, no seu final, nos apresente uma factura tão pesada, para a qual não contribuímos.
E o que mais dói é que não contribuímos, mesmo.
Houve uns quantos que, eles sim contribuíram, mas como pode um povo pagar por isso?
Agora também me dizem: É consequência do capitalismo...
Pois. E o comunismo, e o socialismo, onde estão? Qual o resultado?
Também me dizem: foi a falta de regulação dos mercados...
Todavia, o nosso regulador Dr Victor Constâncio, até foi premiado na sua carreira, naturalmente por elevada competência...
Não sei o que dizer, nem o que pensar. Luto por ter alguma esperança... que vou perdendo aos poucos. É como numa casa que foi à ruína, onde o pai luta para branquear a situação junto da mulher e dos filhos... por uns tempos, curtos...um dia enforca-se... e aí a família verifica que tem que ir dormir debaixo da ponte. Assim está o nosso pobre país. E a Europa. E a América. Para já não falar nos países africanos onde a fome, as doenças, a seca, a guerra, tudo é destruidor...
Há dias assim, como hoje...
Tenham paciência, eu gostaria de ser mais optimista, mas como?
Ainda assim, aqui vai aquele abraço forte, de amizade e até de amor, porque não, amizade, para mim é uma forma de amor...
Valha-nos isso!
Ercília

FOI PRECISO CHEGAR AQUI !

Foi preciso chegar aqui
para ter medo!
Medo de não ter saúde
porque não haverá remédios.
Medo de ter fome
porque não haverá comida.
Medo da vida,
sem paz.
Medo do que a morte nos traz.
Foi preciso chegar aqui!

Ercília