milhorey

Thursday, October 20, 2011

AFINAL EM QUE É QUE FICAMOS?

O Presidente da República confunde-nos vezes demais para meu gosto. Às vezes dá declarações e tem atitudes de pouco bom senso. Tem atitudes e dá declarações fora de tempo, que produzem no País ansiedade, revolta e interrogações várias.
É uma pessoa que não está fora das responsabilidades de tudo o que se está a passar no país e, vem agora falar inoportunamente, num contexto que tanto precisa de união de todas as instituições.

Ou será que está a apelar para que os trabalhadores privados, que já estão a ser brutalmente castigados com os despedimentos, também colaborem com os seus ordenados, para que o Sr Presidente desconte menos nos seus?!


Um abraço,
Ercília

Sunday, October 16, 2011

PINTURA DA REVOLTA!



Em 2008 pintei este quadro. Tinha-o no meu atelier, escondido, envergonhado. Hoje tenho coragem para o mostrar ao Mundo. Talvez porque tenha comigo a Arte, me sinta, neste momento, mais tranquila. Tenho para onde extravasar...

Um abraço,
Ercília

INDIGNAÇÃO!

Depois de toda a indignação, hoje eu também me sinto indignada. É que, vendo a revista de imprensa de hoje - que eu ainda não li, apenas vi títulos - vejo que a CP comprou 13 caros de luxo, repito carros de luxo, para chefes. Numa empresa que está de rastos, depois de todas as medidas que foram tomadas contra os portugueses, como pode ser isto possível. Esta gente não se enxerga............................

Não pode o governo acabar com isto de uma vez????????


Olhem, desculpem, amigos, mas é de mais....


Um abraço,
Ercília

Friday, October 14, 2011

O ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2012

Aí está. Nada que não esperássemos, os que estão atentos ao que se passa no nosso país e no mundo.
A crise é geral é certo mas para quem gastou mais do que ganhou não tem outro remédio senão baixar o nível das despesas, agora por via da baixa dos ordenados da função pública.
Vamos acreditar que o governo controlará o nível dos gastos das empresas e organismos do Estado, porque senão, não vale a pena e nada disto resultará.
Várias pessoas com quem converso estão magoadas por o Governo cortar na função pública e serem estes os mais sacrificados.Assim é por duas razões especiais: primeiro porque é no Estado que pesam os pagamentos no final do mês: ordenados e pensões. Segundo porque, sendo o limite de mil euros, a verdade é que o grosso dos privados não ganha mil euros, e, portanto, ainda que o governo pudesse dar ordens aos privados, no que respeita a ordenados, e não pode, já que estes estão dentro dos contratos de trabalho que são negociados entre o empregado e as empresas, atingiria poucas pessoas. Assim o Governo actua, neste âmbito, pela via dos impostos.
É difícil de aceitar. É. Todavia a alternativa seria a falência do Estado. Para já esta hipótese está controlada, mas não estamos livres dela, é bom que todos tenhamos essa noção.
Veremos pois o que se seguirá.
É bom e dá-nos confiança, vermos um Governo unido e apoiado no Parlamento. Termos um primeiro ministro que é uma pessoa comedida, serena e confiante. Vermos um ministro das finanças que está a dedicar-se ao país com toda a sua energia e capacidade.
Estamos todos mais pobres, mesmo aqueles, como eu, que não são atingidos pela anulação desses meses, já que a minha pensão de reforma é inferior a mil euros e não é o Estado que ma paga.
Ainda assim, estou conformada, embora nada tenha contribuído para que estejamos aqui.
Interessa-me agora que o país consiga erguer-se e que haja paz.

Um abraço,
Ercília

Sunday, October 02, 2011

O PASSADO E O PRESENTE nos EUA...

Costumo, de vez em quando, guardar uma ou outra revista para mais tarde recordar...
Relendo a «Revista do Expresso» datada de 11 de Dezembro de 1999, é interessante verificar como as coisas mudaram, se inverteram e, em apenas 10 anos (mais ou menos) tudo ficou de «pernas pró ar».
Num artigo cujo título: «A grandeza do pessoal menor» ditava assim: Ditam as leis da economia americana que, quanto mais ricos forem os ricos, mais dinheiro acabará filtrado para as classe baixas.Sim, porque os que habitam as torres de marfim precisam sempre de mais um jardineiro, mais um motorista, mais um guarda-costas... Com tantos milionários e bilionários, não há ama-seca, mulher a dias e passeador de «caniche» que não se faça pagar a preço de ouro...
Se a patroa quer natas neo-zelandesas para a sopa de tomate ou pretende um helicóptero ou um avião privado que a leve à ópera de Santa Fé, a resposta será: com certeza é para já...
A robustez da economia é a grande culpada deste estado de coisas. Com a Bolsa de Wall Street batendo recordes todos os meses, os insignificantes níveis de desemprego e uma propulsão industrial que vai para além dos 5% ao ano e que faz a Europa roer-se de inveja, os Estados Unidos estão a passar pela época mais esfuziantemente próspera da sua história.»

E assim se fazia a história dos EUA há cerca de 10 anos. Hoje é como se sabe...
As lições que a vida dá...
O meu avô dizia: a vida é como os baldes do poço, para carregarem a água, umas vezes estão em cima outras vezes estão em baixo....

Lendo isto, é ou não verdade que esta gente rica tem que levar na cabeça... As crises pessoais, familiares, empresariais e dos países também servem para ensinar a respeitar o próximo... Temo é que isso seja difícil de aprender... senão impossível para muitos...

Um abraço,
Ercília

Saturday, October 01, 2011

OS SONHOS DOS EMIGRANTES (anos 50 e 60)

Os sonhos e a realização desses sonhos era possível, aliás foi possível, todavia exigiu de cada português um esforço imenso.
Primeiro: Um bom carro
Segundo: uma boa casa em Portugal
Terceiro: educação dos filhos
quarto: outra casa em França.

(falo dos emigrantes para França, porque foram em maior número, naquela época.)

Destas quatro realizações a única de que se arrependem é a construção de uma casa em Portugal, não só pelo esforço como pela inutilidade.
Conheço vários casos de emigrantes que construíram grandes casas que ficaram fechadas o ano inteiro durante anos e anos. Vendo bem, uma casa construída há 40 anos e sendo ocupada apenas em férias - mês de Agosto - resulta numa ocupação de apenas 40 meses durante quase uma vida.

O homem emigrante sempre quis regressar e regressou depois da reforma. Todavia, regressou só, porque a esposa não quis vir, os filhos ficaram lá - já não são portugueses, e os netos muito menos.
Muitos destes homens solitários por essas aldeias fora, passam os seus dias em cafés de aldeia, bebendo, jogando e à noite, em casa, chorando.
Alguns, conversando comigo, interrogavam-se:« afinal porque me machuquei tanto, trabalhando de dia e de noite, sábados e domingos? A diferença entre eu e o meu amigo que não saiu de Portugal é que eu tenho mais dinheiro no Banco do que ele, mas para que me serve isso?»

Valha-nos a democracia e alguma instrução para que, os que hoje vão e conseguem ter sucesso, já não pensem nem actuem como aqueles. Hoje o emigrante pensa e actua como residente e, se tudo correr bem serão mais felizes.

Um abraço,
Ercília