milhorey

Thursday, July 12, 2007

Crónica publicada no jornal Preto no Branco

A Felicidade

Caro Leitor

Aventuro-me hoje a navegar no sentimento e no estado de espírito de quem, como eu, todos os dias bate à porta da Felicidade e pede para entrar nem que seja só por um breve momento…
Tentar ser feliz é uma tarefa obrigatória para todos nós logo que pisamos o mundo. Porém é uma luta muito árdua e contínua para todos e para cada um à sua maneira.
Para minorar a tarefa de a encontrar propus-me ir estudando o assunto ao longo da vida! Como eu já tenho escrito nestas crónicas, tenho alguma idade e ela tem-me servido para um aprendizado tempo fora. A busca da Felicidade tem sido um dos caminhos que tenho seguido passo a passo.
Primeiro há que responder a estas perguntas: O que é a Felicidade? Porquê umas pessoas são mais felizes do que outras?
As respostas não são fáceis, nem para quem é psicólogo, filosofo ou cientista quanto mais para mim que não tenho nenhum destes predicados. Mas penso que é na resposta à segunda pergunta que está a chave da questão.
Tanto quanto me foi dado observar ao longo dos anos a «Felicidade» tem, para pessoas diferentes significados diversos. Assim, há pessoas que com pouco são felizes, outras nada as contenta, estão sempre insatisfeitas, revoltadas, zangadas com a vida.
(Note, leitor que estou a referir-me à normalidade da vida de cada um de nós. Excluo deste meu raciocínio os grandes sofrimentos, porque esses derretem qualquer hipótese de controlo).
Posso dizer-lhe que, pela minha parte tenho a tarefa facilitada porque sou uma pessoa positiva. Isto quer dizer que aprecio os momentos bons até ao tutano e desvalorizo os momentos maus varrendo-os para debaixo do tapete.
Acresce que, para mim, um momento bom pode e, quase sempre é um pedaço simples da vida: Um sorriso de uma criança, o cantar de um pássaro, o coaxar de uma rã, o luar de verão, o silêncio da montanha, a imensidão do mar, a reunião da família, um carinho, um sonho, a leitura de um livro, uma pintura de um quadro, a imponência de uma catedral, uma tertúlia com os amigos, uma viagem...
Agarro-me a estas pequenas portas como se fossem carruagens de um qualquer trem circulante. Agora acrescentei a Internet e a comunicação com inúmeros amigos de todo o Planeta!
Neste mundo torto com tantas e tantas travessuras (chamemos-lhe assim para não perdermos o encantamento da escrita), o que eu pretendo com este tema é colocar nas suas mãos a possibilidade de se renovar e de se conhecer, para se orgulhar de si próprio, proporcionando a si mesmo vários momentos de felicidade ao longo da vida. A tal porta a que me referi está muitas vezes aberta mas nós passamos ao lado e nem olhamos. Ou por orgulho (não o orgulho que nos faz bem mas aquele que nos cega e nos faz perder oportunidades raras de sermos felizes) ou porque, simplesmente, nos recusamos a sê-lo por masoquismo.
Há quem diga que a Felicidade em si mesma não existe, mas sim «momentos de felicidade» que juntos nos dão um sublime prazer de viver.
Pois se assim é, porque não buscarmos aqueles que nos pertencem?
Caro leitor,
Quantas vezes as nossas mãos destroem bons momentos, dando crédito a «mesquinhices» sem importância! Arreliando-nos por questões menores!
Pois bem, sejamos sempre mais fortes do que tudo isso. A vida é bela e merece ser vivida em toda a sua plenitude!
Um abraço,
Ercília Pinto Ribeiro da Silva

0 Comments:

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]



<< Home