A GREVE EM TEMPO DE CRISE GRAVE
Eis uma história inventada:
Algures existia uma família constituída por : um pai, uma mãe e três filhos.
Em devido tempo a família era feliz: o pai ganhava bem, a mãe também e foram adquirindo património. Os filhos foram crescendo e a certa altura também já trabalhavam e ganhavam bem. Quando o dinheiro abundava, o pai começou a jogar e como tinha sorte ao jogo o dinheiro entrava em casa pela porta principal. Perturbados com tanto, a casa tornou-se em palácio, os carros foram crescendo em valor e luxo, a mãe deixou o trabalho e passou a viver em casinos por esse mundo fora...
Dois dos filhos esbanjavam e viviam como príncipes, o outro trabalhava na quinta e fazia criação cavalos.
Porém,chegou a hora da verdade: Os credores começaram a bater à porta, as cartas registadas eram muitas e não havia maneira de fazer de conta que tudo estava bem. O pai inconsciente desapareceu numa madrugada e a mãe e os filhos ficaram a braços com dívidas monstruosas que teriam que pagar. O filho criador de cavalos não queria , por nada, perder a quinta e os seus cavalos, e estava disponível por sentar à mesa com os credores e arranjar um acordo de pagamento das dívidas, os outros dois filhos estavam revoltados e enfurecidos contra quem lhes vinha exigir o que era seu, tinha sido adquirido por si próprios e nada nem ninguém haveria agora de lho tirar.
«Nada fiz para que esta dívida exista, todavia se ela não for paga perderemos o nosso património - argumentava, em vão, o filho criador de cavalos». Os outros filhos não compreendiam como poderiam pagar uma dívida que não tinham contraído, pelo menos, com tamanho valor ...
O resultado foi a revolta, a desunião dos três filhos, a morte prematura da mãe e a destruição de todo o património por incêndio provocado.
Olhando para a sua quinta, a sua casa e os seus cavalos mortos, o filho pegou no saco de linhagem e abandonou o local, chorando, deixou-se levar ao sabor do vento, olhando apenas o horizonte distante. Quem sabe noutro lugar qualquer...
Os outros dois, revoltados, rotos e famintos, olharam-se, abraçaram-se e deixaram chegar a noite. Fria, negra, tenebrosa...
Talvez amanhã...
Um abraço,
Ercília
Algures existia uma família constituída por : um pai, uma mãe e três filhos.
Em devido tempo a família era feliz: o pai ganhava bem, a mãe também e foram adquirindo património. Os filhos foram crescendo e a certa altura também já trabalhavam e ganhavam bem. Quando o dinheiro abundava, o pai começou a jogar e como tinha sorte ao jogo o dinheiro entrava em casa pela porta principal. Perturbados com tanto, a casa tornou-se em palácio, os carros foram crescendo em valor e luxo, a mãe deixou o trabalho e passou a viver em casinos por esse mundo fora...
Dois dos filhos esbanjavam e viviam como príncipes, o outro trabalhava na quinta e fazia criação cavalos.
Porém,chegou a hora da verdade: Os credores começaram a bater à porta, as cartas registadas eram muitas e não havia maneira de fazer de conta que tudo estava bem. O pai inconsciente desapareceu numa madrugada e a mãe e os filhos ficaram a braços com dívidas monstruosas que teriam que pagar. O filho criador de cavalos não queria , por nada, perder a quinta e os seus cavalos, e estava disponível por sentar à mesa com os credores e arranjar um acordo de pagamento das dívidas, os outros dois filhos estavam revoltados e enfurecidos contra quem lhes vinha exigir o que era seu, tinha sido adquirido por si próprios e nada nem ninguém haveria agora de lho tirar.
«Nada fiz para que esta dívida exista, todavia se ela não for paga perderemos o nosso património - argumentava, em vão, o filho criador de cavalos». Os outros filhos não compreendiam como poderiam pagar uma dívida que não tinham contraído, pelo menos, com tamanho valor ...
O resultado foi a revolta, a desunião dos três filhos, a morte prematura da mãe e a destruição de todo o património por incêndio provocado.
Olhando para a sua quinta, a sua casa e os seus cavalos mortos, o filho pegou no saco de linhagem e abandonou o local, chorando, deixou-se levar ao sabor do vento, olhando apenas o horizonte distante. Quem sabe noutro lugar qualquer...
Os outros dois, revoltados, rotos e famintos, olharam-se, abraçaram-se e deixaram chegar a noite. Fria, negra, tenebrosa...
Talvez amanhã...
Um abraço,
Ercília
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