Palavras simples para explicar a crise
Com a devida vénia transcrevo do livro $Ó UM MILAGRE NOS SALVA de Joaquim Vieira palavras simples que explicam a crise que Portugal tem vivido.
"...conscientes da aridez em que se especializaram, os economistas têm tendência para explicar as suas teses com metáforas inspiradas na vida quotidiana. O mesmo quadro financeiro superior compara o ambicionado equilíbrio da economia portuguesa à dimensão das pernas de um corpo, que idealmente devem ter o mesmo comprimento: Uma economia também tem duas pernas: o sector de bens transaccionáveis (mercadorias e serviços que podem ser vendidos ao estrangeiro, dos produtos manufacturados ao turismo, gerando a entrada de recursos financeiros) e o dos não transaccionáveis (todo o tipo de produção não exportável, como os transportes ou a construção civil). E, para ela se manter em pé as duas pernas não podem estar muito desajustadas, senão o corpo desequilibra-se. O que aconteceu na economia portuguesa é que a perna dos não transaccionáveis, que inclui o sector de actividade pública (ou estatal), tende sempre a sobredesenvolver-se, enquanto é sistemáticamente curta a perna dos transaccionáveis. Ficamos portanto com uma economia coxa, e uma economia coxa desequilibra-se. A bengala desta economia coxa é o financiamento externo, para compensar a insuficiência de uma perna em relação à outra. Há um dia em que a bengala não aguenta o excesso de peso. Nessa altura caímos e temos de recorrer à ajuda externa. E ou fazemos com que a perna curta se desenvolva, para reequilibrar o corpo, ou fazemos um amputação parcial da perna mais longa, mas este é um equilíbrio medíocre e doloroso, traduzido em recessão e desemprego, não é um equilíbrio verdadeiro..."
Nada mais simples de explicar.
Há dias os jornais informavam que o Bayern de Munique tinha as contas equilibradas, aliás como os outros clubes de futebol na Alemanha, porque na Alemanha, as famílias, as empresas, o estado e até os clubes de futebol tem a perna esquerda com os mesmos centímetros da perna direita.
Tenham uma boa Páscoa
Carlos Ribeiro da Silva
"...conscientes da aridez em que se especializaram, os economistas têm tendência para explicar as suas teses com metáforas inspiradas na vida quotidiana. O mesmo quadro financeiro superior compara o ambicionado equilíbrio da economia portuguesa à dimensão das pernas de um corpo, que idealmente devem ter o mesmo comprimento: Uma economia também tem duas pernas: o sector de bens transaccionáveis (mercadorias e serviços que podem ser vendidos ao estrangeiro, dos produtos manufacturados ao turismo, gerando a entrada de recursos financeiros) e o dos não transaccionáveis (todo o tipo de produção não exportável, como os transportes ou a construção civil). E, para ela se manter em pé as duas pernas não podem estar muito desajustadas, senão o corpo desequilibra-se. O que aconteceu na economia portuguesa é que a perna dos não transaccionáveis, que inclui o sector de actividade pública (ou estatal), tende sempre a sobredesenvolver-se, enquanto é sistemáticamente curta a perna dos transaccionáveis. Ficamos portanto com uma economia coxa, e uma economia coxa desequilibra-se. A bengala desta economia coxa é o financiamento externo, para compensar a insuficiência de uma perna em relação à outra. Há um dia em que a bengala não aguenta o excesso de peso. Nessa altura caímos e temos de recorrer à ajuda externa. E ou fazemos com que a perna curta se desenvolva, para reequilibrar o corpo, ou fazemos um amputação parcial da perna mais longa, mas este é um equilíbrio medíocre e doloroso, traduzido em recessão e desemprego, não é um equilíbrio verdadeiro..."
Nada mais simples de explicar.
Há dias os jornais informavam que o Bayern de Munique tinha as contas equilibradas, aliás como os outros clubes de futebol na Alemanha, porque na Alemanha, as famílias, as empresas, o estado e até os clubes de futebol tem a perna esquerda com os mesmos centímetros da perna direita.
Tenham uma boa Páscoa
Carlos Ribeiro da Silva
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