O DIVÓRCIO
A propósito do divórcio e, conversando sobre o tema, a minha mãe, de oitenta e quatro anos, declamou uns versos que, há mais de setenta, alguma atriz de teatro cantava:
Zanguei-me com o meu marido
aos três meses de consórcio,
e tomámos o partido
de recorrer ao divórcio.
A questão não demorou
e ficou tudo arrumado
o tribunal aprovou
e foi um para cada lado.
Passado um ano lembrei-me
de me tornar a casar
e a pouco e pouco deixei-me
pela ideia conquistar.
Vi um anúncio no jornal
que rezava assim, pois não minto
cavalheiro com moral
sério, educado e distinto,
Consorciar se deseja
com uma dama educada,
não se importa que seja
viuva ou divorciada.
Como não sou pessimista
respondi ao cavalheiro
e marquei-lhe uma entrevista
na praça do Areeiro.
Cheguei lá já estava à espera,
mas é caso divertido:
porque o cavalheiro era,
era o que foi meu marido!
Então a rir desatámos
e depois passado um mês
novos papéis arranjámos
e casámos outra vez!
Olhem, mas então não é engraçado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ercília Pinto Ribeiro da Silva
Zanguei-me com o meu marido
aos três meses de consórcio,
e tomámos o partido
de recorrer ao divórcio.
A questão não demorou
e ficou tudo arrumado
o tribunal aprovou
e foi um para cada lado.
Passado um ano lembrei-me
de me tornar a casar
e a pouco e pouco deixei-me
pela ideia conquistar.
Vi um anúncio no jornal
que rezava assim, pois não minto
cavalheiro com moral
sério, educado e distinto,
Consorciar se deseja
com uma dama educada,
não se importa que seja
viuva ou divorciada.
Como não sou pessimista
respondi ao cavalheiro
e marquei-lhe uma entrevista
na praça do Areeiro.
Cheguei lá já estava à espera,
mas é caso divertido:
porque o cavalheiro era,
era o que foi meu marido!
Então a rir desatámos
e depois passado um mês
novos papéis arranjámos
e casámos outra vez!
Olhem, mas então não é engraçado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ercília Pinto Ribeiro da Silva
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