milhorey

Monday, August 08, 2011

O POEMA QUE ESCREVI...

Não, não se preocupem meus queridos amigos, o poema que abaixo está escrito não é consequência de desânimo ou tristeza. Todavia é o resultado de uma expectativa de futuro que nos espreita. Às vezes penso, quando faço um balanço da vida, que é injusto para mim e para tantos portugueses, que, depois de tanto batalhar, a vida, no seu final, nos apresente uma factura tão pesada, para a qual não contribuímos.
E o que mais dói é que não contribuímos, mesmo.
Houve uns quantos que, eles sim contribuíram, mas como pode um povo pagar por isso?
Agora também me dizem: É consequência do capitalismo...
Pois. E o comunismo, e o socialismo, onde estão? Qual o resultado?
Também me dizem: foi a falta de regulação dos mercados...
Todavia, o nosso regulador Dr Victor Constâncio, até foi premiado na sua carreira, naturalmente por elevada competência...
Não sei o que dizer, nem o que pensar. Luto por ter alguma esperança... que vou perdendo aos poucos. É como numa casa que foi à ruína, onde o pai luta para branquear a situação junto da mulher e dos filhos... por uns tempos, curtos...um dia enforca-se... e aí a família verifica que tem que ir dormir debaixo da ponte. Assim está o nosso pobre país. E a Europa. E a América. Para já não falar nos países africanos onde a fome, as doenças, a seca, a guerra, tudo é destruidor...
Há dias assim, como hoje...
Tenham paciência, eu gostaria de ser mais optimista, mas como?
Ainda assim, aqui vai aquele abraço forte, de amizade e até de amor, porque não, amizade, para mim é uma forma de amor...
Valha-nos isso!
Ercília

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