milhorey

Monday, February 25, 2013

A HISTÓRIA DO PPD/PSD vivida por mim ( parte 6 )

Chegámos enfim ao dia das eleições: perdemos...
Obtivemos dois vereadores e a maioria na Assembleia Municipal. Já não foi mau de todo, para aquilo que estava previsto, uma vez que não tinhamos nada preparado... o PSD em Pombal corria o risco de nem listas apresentar.
Começámos então, por um lado a organizar o partido, por outro a preparar o combate ao Bloco Central. Entretanto tudo se precipitou porque faleceu Mota Pinto, Presidente do partido e vice-primeiro-ministro.
Um novo Congresso e a eleição do Prof Cavaco Silva. Pombal votou em Cavaco Silva convictamente, todavia não concordávamos com o apoio que ele estava a dar a Freitas do Amaral, então já na corrida para a Presidência da República. Fui eu ao Congresso como Delegada e levava uma mensagem para Cavaco Silva - o nosso voto nele, mas não o nosso apoio a Freitas do Amaral, de quem não gostávamos nada.
Resposta de Cavaco Silva: não há outra hipótse. A candidatura de Freitas do Amaral, apresenta-se já vencedora e não há possibilidade de termos candidato próprio. Com esta mensagem que entreguei à Comissão Politica local e aos militantes, preparámo-nos para «engolir um grande sapo» e fazermos campanha por Freitas do Amaral.
( Mais um esforço brutal, num Concelho imenso. E tivemos que repetir a campanha. Uma vez na primeira volta e mais uma vez na segunda volta. Obtivemos uma esmagadora votação, como nunca tinhamos tido até ali). O Partido estava mobilizado e organizado também. Nós tinhamos o moral em cima.
O Governo cai. E vamos para eleições.
Cavaco Silva tinha todas as hipotses de ganhar, uma vez que a area do PS ficou divida com o aparecimento do PRD, liderado por Ramalho Eanes.
O PSD de Pombal chama Cavaco Silva a um jantar de apoio com militantes e simpatizantes que foi um sucesso. Cavaco Silva dorme cá em Pombal, na Residêncial Senhora Belém e, no dia seguinte inicia a sua campanha em Pombal com um apoio estrondoso de todos quantos estão e vieram a Pombal nessa manhã, na praça municipal.
A nossa campanha era feita com uma convicção absoluta de que estavamos a apoiar a pessoa certa e essa convicção dáva-nos forças para enfrentarmos todas as dificuldades.
Como era uma campanha nacional, todos os cartazes e panfletos vinham de Lisboa e nós não precisávamos gastar muito, apenas precisávamos de dois carros que nos emprestaram (muito velhos sempre) e tinhamos uns miudos que nos ajudavam e a quem nós pagávamos do nosso bolso os almoços e uns trocos. Pagávamos do nosso bolso a gasolina.
No final o PSD obteve um belo resultado nacional e a nível concelhio também.

CONTINUA...

Um abraço, Ercília

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