milhorey

Friday, August 31, 2007

Festas em Honra de N.S.Neves no Cercal


Tivemos no último fim-de-semana uma bonita festa em honra de Nª Sª das Neves, no Cercal.
Como em todas as festas locais, os amigos e familiares de residentes visitaram esta aldeia e ela sentiu-se honrada com isso.
Em todas as localidades existem estas festas anuais que valem pelo que contêm de convivência, de tradições e pelo ambiente familiar e social que se cria à sua volta.
Aqui, no Cercal, as casas enfeitam-se para receber aqueles que estão longe e à volta da mesa reúnem-se os familiares e os amigos. Nela se colocam as toalhas de renda, a melhor baixela e a comida própria destas festas que são a chanfana e o arroz doce essencialmente.
No Domingo realiza-se uma missa especial acompanhada com a Banda de Música seguida de procissão onde constam os Santos: - S. Jorge, Santo António, S. José, Nª Sª das Neves e Nª Sª de Fátima, e também se exibem os ranchos onde consta o rancho do Cercal.
Com Fados e Baile concluem-se estas festas que espero que continuem pelos anos fora para que os mais jovens vão sabendo como a sua terra deverá ser importante para eles, mesmo que um dia tenham que viver fora. Manter-se-á com certeza a vontade de regressar à sua aldeia, nem que seja nestes dias tão especiais e que tantas recordações nos deixam no nosso imaginário.
É que, para quem vive fora da sua terra vir juntar-se aos amigos de infância e dar uns dedos de conversa, recordar tempos passados ou reviver alguns momentos importantes e que marcaram a sua meninice é tão revigorante!
As pessoas trazem já os seus filhos ou netos e vão identificando os locais como eram e como estão agora, o que se fazia naquele tempo no trabalho ou nas brincadeiras…Coisas que são revividas também na actuação do Rancho Folclórico local.
Enfim, estas festas são elas próprias a tradição e não se podem deixar perder ou não saberemos transmitir aos nossos vindouros o caminho que percorremos.

Ercília

Thursday, August 16, 2007

Pombal cidade faz hoje 16 anos

POMBAL - CIDADE HÁ 16 ANOS

Faz hoje dezasseis anos que, em publicação de Diário da República, Pombal foi elevada à categoria de Cidade.
Em franco desenvolvimento, convém sempre termos em conta o seu equilibrio ecológico para que continue a existir, nesta cidade, a beleza do verde dos seus espaços naturais e o sabor da amizade entre cidadãos. São já preocupantes as crateras abertas na Serra do Sicó, pela exploração das pedreiras. Sabendo que terão que ser repostas as terras removidas, começo a interrogar-me como isso será possível, da maneira como a serra já se encontra...
CMRSILVA

Wednesday, August 15, 2007

Miguel Torga



Foto recolhida no Abrupto de José Pacheco Pereira, com a devida vénia.











Monumento a Miguel Torga, em Coimbra, sobre o Rio Mondego. Parecendo uma proa de um navio sobre as águas cito um poema de Miguel Torga sobre Vasco da Gama.

Vasco da Gama

Somos nós que fazemos o destino
Chegar à Índia ou não
É um íntimo desígnio da vontade.
Os fados a favor
E a desfavor,
São argumentos da posteridade.

O próprio génio pode estar ausente
Da façanha.
Basta que nos momentos de terror,
Persistente,
O ânimo enfrente
A fúria de qualquer Adamastor.

O renome é o salário do triunfo.
O que é preciso, pois, é triunfar.
Nunca meia viagem consentida!
Nunca meia medida
Do vinho que nos há-de embriagar!

CMRS
Pombal, 15/08/2007

Casa no Jardim de Pombal


Esta bonita casa que estava completamente abandonada e em degradação foi recuperada para Sede de algumas das empresas dos Senhores José Manuel Carrilho, Albino Costa e António Gonçalves.
Ficou mais rico o Principal Jardim da cidade de Pombal.
Parabéns a estes empresários.
Carlos Ribeiro da Silva

Monday, August 13, 2007

Encontro de Bridge no Porto

Ponte D. Luis - Porto Agosto de 2007
coquina, cmrsilva, erc48 e MJO4
No passado Fim de Semana estivemos juntos no Ateneu Comercial do Porto, num mini torneio de bridge, nós (carlos e ercilia), com alguns dos muitos amigos virtuais que conhecemos em torneios de bridge on-line. A alegria e o entusiasmo que nos envolveu quando nos abraçámos, parecia que nos conheciamos há decadas!
Lá estavam (nickname): MJ05 ( a impulsionadora e Directora do Torneio PAIRS MEDITERRANEO); AMF1942 (também Director do mesmo Torneio); Coquina, Carlota1, Caetano, Dolaca, Sall2, Asle_4, Ffranca, Alberfern, Volvoreta, Erc48, Cmrsilva.
Queremos agradecer, em especial aos nossos amigos e conterrâneos (pickname) Xerife e Pdocaste por nos terem aberto estas portas de um jogo social e inteligente onde se mantem viva a mente e onde se criam amigos para o resto das nossas vidas.
Através do Bridge Base Online (BBO) o encontro de amigos todos os dias, que, embora virtual, é de tal forma «real» que nos transporta emocionalmente muito para além de um simples jogo que poderia ser apenas um passatempo ligeiro.
A todos quantos connosco têm jogado do Chile, Argentina, Austrália, Moçambique e Angola, Espanha, França, etc o nosso OBRIGADO.
E a MARIA JESUS e JOSÉ um abraço muito especial porque são eles que nos reunem todas as noites num salão do tamanho do Mundo onde as pessoas, num convivio virtual, mas presente, compartilham momentos únicos de Felicidade.
Carlos e Ercilia

Wednesday, August 08, 2007

ERA ASSIM!


A praia na década de 50 do século passado
Nesta década eu era criança e, não obstante ser privilegiado e passar férias na colónia balnear da Gala – Figueira da Foz, algumas vezes se me colocou esta situação que passo a descrever:
Na minha aldeia a cerca de 30 km da Figueira, planeava-se um domingo de ida à praia.
As mães faziam o farnel e, no domingo combinado, aí íamos todos. As mulheres iam a pé até ao apeadeiro do Marujal e lá tomavam o comboio.
Os homens e rapazes iam de bicicleta, para pouparem os quinze tostões do bilhete.
Lá chegados, juntavam-se na estação da CP e daí seguiam a pé até à praia.
As mulheres e raparigas faziam um cerco e sentavam-se no areal onde mais tarde se comia o farnel.
As raparigas molhavam os pés, às vezes até ao joelho, arregaçando as saias. Fatos de banho, nem pensar, isso era para gente da cidade!
Os rapazes alugavam um fato de banho por cinco tostões e tentavam uns mergulhos.
Estes fatos, mais pareciam vestidos, pois cobriam o corpo desde a meia perna até ao pescoço, deixando à vista apenas os braços e as pernas até ao joelho…
As crianças eram entregues aos banheiros para as fazerem mergulhar nas ondas. Estes, vestidos com um oleado, amarelo ou cinza escuro, aterrorizavam as crianças, não só pelo seu aspecto, mas por todo o aparato do mergulho que se fazia com uma violência atroz…e quanto mais a criança gritava mais rapidamente era enfiada na onda seguinte, não tendo se quer tempo para respirar; (pensando nisto pergunto-me porque não havia traumas naquele tempo, já que as crianças eram tratadas sem qualquer respeito pela sua fragilidade).
Nos braços dos banheiros eram mergulhadas «x» vezes e de nada lhes valiam os gritos de aflição. Este número de vezes de mergulho era combinado com os pais e tinha um preço que seria pago logo de seguida.
Com alguns tostões no bolso, os rapazes alugavam uma bicicleta de corrida na loja do grande ciclista daquela época, Alves Barbosa, que existia por baixo da piscina do Grande Hotel. Uma delícia experimentar aquelas bicicletas!
Era assim. Vidas simples, meios parcos…era assim.
Carlos Ribeiro da Silva