milhorey

Friday, June 29, 2007

Uma praia do Algarve ao amanhecer

Tudo pronto para receber os banhistas nesta praia de Armação de Pera.
Uma praia muito limpa e cuidada.
CMRS

Wednesday, June 27, 2007

Algarve


Esta é uma imagem do litoral algarvio. E as obras para novas torres como esta estão por todo o lado.
Se esta situação é boa para o turismo e, consequentemente, para quem dele vive e dele disfruta, assim seja.
Ontem ao deslocar-me a Silves cruzei-me com as obras de um gigante campo de golf onde antes era um grande pomar de citrinos.
Se para a economia do concelho de Silves é vantajoso criar um campo de golf derrubando um grande pomar de citrinos, assim seja.
Sem ter respostas a estas questões limito-me a observar e questinar.
CMRS

Tuesday, June 19, 2007

Exposição de pintura e escultura no C.A.E. da F.Foz


Na Galeria José Penicheiro do Centro de Artes e Espectáculos (CAE), da Figueira da Foz, decorre, até dia 01 de Julho, uma exposição de pintura, escultura e tapeçaria, apresentada por diversos artistas associados da MAGENTA www.magenta-arte.pt

Na foto a artista CONCEIÇÃO RUIVO junto de um dos seus trabalhos - uma bela tapeçaria.
(A Conceição Ruivo além de tapeçarias, presenteia-nos também com belas pinturas onde constactamos a sua jovialidade e irreverência que consegue imprimir em todos os seus trabalhos.)
Ercilia Pinto Ribeiro da Silva

Monday, June 18, 2007

Para se gostar de África é preciso ter lá vivido


Não deve haver ninguém que tivesse vivido em África que não ficasse apaixonado por aquele Continente. Sobretudo pela África sub-sariana.
Porque, para se gostar de África, do seu povo e do que ele nos ensina, é necessário ter lá estado. Estado junto, ser-se como eles.
A experiência dos militares que foram mobilizados para a guerra colonial foi muito importante para esse conhecimento mútuo.
Eu, pela minha parte, não trocava nada por isso.
Aquela Gente, de outras culturas ficaram-me no coração e ainda hoje, cada vez mais, sinto saudades.
Depois desta minha introdução gostaria de compartilhar consigo parte de uma entrevista de Luís Amorim de Sousa na revista TABU do Semanário O SOL de sábado.
"......Há uma África que entra pelo coração adentro com uma violência espantosa, porque se está perto da vida e da morte, e têm de se tomar decisões terríveis. Há uma generorisidade naquele continente (comoveu-se)
O Ocidente traíu a África. Aparecem uns pinóquios do Banco Mundial, e umas pessoas formadas por não sei que universidades, que têm muito a dizer sobre África, programas de auxílio, isto e aquilo. Mas não viram nada, não têm noção das consequências, dos limites que se impõem quando criam organizações para fazer chegar coisas a sítios, e as pessoas acabam por não receber, ou quando recebem , às vezes, a ajuda acaba por prejudicar o esforço de se governarem por si. Tudo isso é de uma complexidade espantosa, e não sei nada desse mundo, mas irritam-me esses pinóquios que vêm de pastinha na mão com viagens em primeira classe, que vão falar com todos os ditadores do mundo, e no continente africano há vários, são quase todos, infelizmente, e fazem lindos programas de recuperação, e no meio disto tudo as populações continuam a morrer à fome, de doenças, e à míngua de tudo, num continente abundante, generoso e fértil....."
Infelizmente esta é a grande realidade de África. Continente rico, em pedras preciosas, em petróleo, em agricultura etc. Mas a maior riqueza de África é a sua gente, de uma cultura própria, que tem sido sempre enganada. Antes pelos colonizadores, agora pelos déspotas e corruptos.
Esta desgraça é fruto da Conferência de Berlim de 1884/1885 que distribuiu pelos países colonizadores a África com critérios que nada tinham a ver com a geografia humana dos seus povos. Depois a OUA decidiu aceitar como boas essas fronteiras já que a haver correcção, calculavam eles, poderia trazer disputas sangrentas. Afinal o que se verificou é que o sangue tem estado em constante derrame naquele grande Continente.
Carlos Ribeiro da Silva

Saturday, June 16, 2007

Isto passa-se em Portugal - Junho de 2007...

Do Semanário O SOL de hoje
Van Zeller - Presidente da CIP
À cerca dos patrocinadores do estudo da alternativa de Alcochete para o novo aeroporto de Lisboa disse:
..."cada um pagou 25 mil euros....mas não queriam publicidade, com medo de retaliações por parte do Governo. Muitos deles trabalham com o Governo, têm contratos, concessões, concursos etc. não queriam atritos..."
Miguel Portas - Eurodeputado
Relativo ao processo instaurado ao Prof. Charrua destaca:
...Orgulha-se a senhora (Margarida Moreira) de, no ano passado, ter aberto 778 processos, sendo o do professor Charrua, "um deles" . Extraordinário! Abre mais de três processos por dia e nem descansa ao domingo...."
Esta senhora é de uma frieza de estarrecer. E revela uma cultura. Não apenas a de sempre, que cultiva a autoridade pelo exercício da força. Revela, principalmente, a moderna, a do socratismo, que manda cortar a direito, sempre e sempre a direito. Em nome do deficit, claro...
Não é necessário ir mais longe nas citações porque só neste semanário há exemplos que se julgava que já não existissem em Portugal no século XXI e 33 anos depois do derrube do anterior regime.
CMRS

Exposição de pintura de Lucy Costa

Cidade inquietante
óleo sobre tela
Lucy Costa 2007
Visitámos hoje a exposição da nossa amiga Lucy, patente na Casa Museu Fundação Bissaya Barreto em Coimbra.
Vale a pena visitar.
A Lucy é uma sonhadora e sabe transmitir na tela as suas inquietações.
Exposição de alto nível artístico, encheu-nos a alma.
(Na foto a pintora junto de um dos seus belissimos quadros).
Parabéns Lucy!
Ercília e Carlos Ribeiro da Silva

Friday, June 15, 2007

Aviso aos potenciais ditadores

A jornalista Teresa de Sousa traz hoje no suplemento Ípsilon do diário O Público uma análise ao livro de memórias de Vaclav Havel primeiro Presidente da democracia da República Checa que tem o título "To the Castle and Back" cuja leitura aconselho e de que destaco parte do depoimento de Havel:
"...o que faz as pessoas desejarem o poder político e porque razão, quando o conseguem, se tornam tão relutantes em abandoná-lo?"..."encontro-me no reino dos privilégios, das excepções, das mordomias, no mundo dos VIPs que gradualmente perde o contacto com o preço da manteiga ou do bilhete do eléctrico, do simples acto de fazer café, conduzir um automóvel ou fazer um telefonema. Sinto-me no patamar do mundo dos nababos comunistas que critiquei a vida inteira. Estar no poder torna-me permanentemente desconfiado de mim próprio"
Que todos os potenciais ditadores ponham os olhos na humildade deste verdadeiro democrata e se lembrem sempre que todo o poder é efémero.
CMRS.

Monday, June 11, 2007

Mercados populares




A diferença dos mercados populares para as grandes superfícies

Agora que tenho tempo costumo ir aos mercados populares e verifico a grande diferença destes em relação ás grandes superfícies.
Nestas as pessoas passeiam corredor a corredor observando as montras, cada vez com mais produtos de marcas estrangeiras, cruzando-se com um mundo de gente de olhar apático. Os shoppings parecem cemitérios de gente viva.
Como é diferente o mercado popular com o bulício das suas vendedeiras e os seus pregões! Ali há vida!
“É tudo a 1 euro” grita uma cigana que vende peúgas
“Ó freguesas 6 cuecas cinco euros”
“Com este chá fica sem dores 4 meses”
“É só escolher. Tudo a 2 euros”
“Leve este quarteirão de couves, são as últimas”
Os clientes, mais mulheres do que homens, vão de tenda em tenda em grupos e fazem as compras enquanto dão dois dedos de conversa, aproveitando o encontro que também faz parte do seu tempo de lazer semanal.
Quem sabe, em vias de extinção, fixo na minha objectiva e na minha mente esta tradição centenária, ao mesmo tempo que recordo a minha infância onde as feiras eram o único meio de troca de produtos.
Carlos Ribeiro da Silva

Os OTÁ(RIOS) sofreram grande derrota

Acabo de ouvir no notíciário das 13.00 horas que o Governo, finalmente, decidiu solicitar ao Laboratório de Engenharia Civil, um estudo comparativo entre as localizações do novo aeroporto internacional de Lisboa, na OTA (já decidida pelo Governo - o actual e os anteriores) e uma nova localização, neste caso, o Campo de Tiro de Alcochete.
Até que enfim que o Governo humildemente vem recuar na sua decisão que era contestada por muitos sectores de opinião.
A construção de um novo aeroporto internacional de Lisboa é um estrutura do maior interesse nacional que deve ter o máximo dos concensos de todos, os políticos, os civis, os técnicos, ambientalistas, etc.
Os OTÁ(RIOS) como muito bem chamou Clara Ferreia Alves na revista Única do Expresso de sábado passado, aos defensores da Ota, perderam uma das suas grandes batalhas.
O aeroporto até pode se construído na Ota, mas a cegueira do governo, deve dar lugar ao bom senso e à capacidade democrática de decisão.
CMRSilva

Saturday, June 09, 2007

As tabernas ainda existem?

No Público de ontem o Professor Doutor Carlos Fiolhais traz-nos um artigo com o título “Em louvor das Tabernas”, cuja leitura aconselho.
Sobre estas “lojas” como na aldeia lhe chamavam, quero, também, trazer algumas memórias minhas.
Lembro-me do tempo do racionamento, durante a 2ª Guerra Mundial, e as consequências desta desgraça, nas décadas de 40 e 50 do século passado.
Nas aldeias as tabernas, além do vinho, vendiam, também, mercearia, tabacos, fazendas (como mostra o letreiro dum estabelecimento que ainda hoje existe) e nelas se faziam as trocas directas, sem dinheiro, ou seja, levavam-se ovos e trazia-se arroz, por exemplo.
Era nas tabernas que se faziam as tertúlias, se jogavam as cartas, se ouvia o rádio que trazia os folhetins dos Companheiros da Alegria de Igrejas Caeiro e Irene Velez, que se ouviam as transmissões directas das peregrinações a Fátima, se ouviam os relatos da guerra em Angola, as mensagens dos soldados pelo Natal, os relatos de futebol e do hóquei em patins.
Muitas vezes a bebida era em excesso e provocava cenas mais agressivas.
As tabernas ainda existem mas agora modernizadas já com zonas de mini – mercado.
Também sobre as tabernas existentes em Soure, transcrevo, com a devida vénia, uns versos da autoria de Florbela Nunes do seu livro “SOURE Retalhos de Lembranças e Saudades”

As tabernas nos anos 50

Dois amigos se cruzaram
Uma tarde na Avenida
E conversa entabularam
Sobre a pinga preferida

As tabernas conheciam
Que nem a palma da mão
E por isso discutiam
Sem nenhuma conclusão

-Ó pá, a tarde está fria
E p’rá a gente se aquecer
A mim bem me apetecia
Um bom copito beber


Os versos continuam descrevendo as tascas da terra: “Leiteiro” “Glória Simões” “Padeiro” “João Beijões” “João António” “Fidalgo” “Sabão” “Francês” “Manuel Vieira” “Teresa Marceneira” “Venezuela” “Zé Luís” “Magarefe” “Canducha” “Estêvão” “Regina” “Nazaré Morais” “Palmira” “Oliveira” “Coelho” “O Dinis na Estação” “O Abigail” etc. etc.
Hoje os tempos estão mudados e, em Soure, restam algumas tascas “O Sabão” “O Carrasqueira” “O Anastácio” e pouco mais.
São os sinais dos tempos…

Carlos Ribeiro da Silva


Tuesday, June 05, 2007

Dia D - Desembarque na Normandia


Faz hoje 63 anos que se efectuou o desembarque das tropas aliadas nas praias da Nomandia em França naquela que foi uma das principais batalhas que viraram o destino da Segunda Guerra Mundial.
A par desta grande batalha, também a frente na Rússia conheceu uma viragem com a derrota das forças do Eixo (Alemanha + Japão + Itália)
Não sendo um grande adepto dos americanos reconheço que a sua intervenção na Europa e no Pacífico foi determinante para derrotar o Hitler e seus aliados.
Queira Deus que não tenhamos necessidade da ajuda americana em novos confrontos.
Verdadeiramente a guerra não acabou em 1945. Infelizmente as diversas guerras que se verificaram depois desta data não foram nada inferiores aos efeitos destruidores de vidas humanas. Vietname + Revolução Cultural na China + Coreias + Cambodja + Vários locais por toda a África + Balcãs + Médio Oriente + América Latina são exemplos de a guerra nunca acabou, tem é mudado de cenário.
CMRSilva