FIM DE ANO 2008

Hoje é dia de «balanço»!
Será que é positivo, será que foi bom, será que valeu a pena?!
Para mim, pessoalmente, foi fantasticamente bom.
Tive saúde. A minha família teve saúde. Realizei os projectos a que me propus. Arranjei novos amigos. Viajei dentro de portas. Li muito. Pintei…
Se eu olhasse só para o meu umbigo, teria sido um ano completo. Porém o Mundo deu voltas que tira do sério qualquer optimista, mesmo que o seja tanto como eu.
E, assim sendo, eu estou expectante, à espera desse tsunami que nos arrastará ou não pela borda fora…
Temo que a Saúde pare os seus projectos mundiais de pesquisa e descoberta de cura de tantas doenças (estávamos, como nunca, numa evolução fantástica de descoberta cientifica para a melhoria da saúde pública).
Temo que os Estados não suportem as actuais condições de apoio à velhice e aos desempregados que aí vêm.
Temo que não haja PAZ.
Mas estamos aqui. E estamos vivos. Então celebremos a vida com alegria, sorrindo e, olhando mais à nossa volta. As pequenas coisas, a que não dávamos importância, quem sabe, talvez nos toquem especialmente.
Sinceramente desejo aos meus amigos e amigas de todo o Mundo um BOM ANO 2009. E, mesmo que nos esperem dias difíceis, saibamos unir-nos e ter força para ultrapassar as dificuldades. Saibamos tirar «lições» daquilo que nos possa resultar pior.
Sabendo que nada é feito por acaso, talvez que a Humanidade precise de tudo isto para se redimir.
TENHAMOS ESPERANÇA!
Ercília - 31/12/2008

Paula Rego

VISITANDO PAULA REGO

A Universidade Sénior de Pombal, realizou uma bela viagem a Lisboa ao Palácio Anjos em Algés e ao Centro Cultural de Belém para, essencialmente visitar Paula Rego.
Todos sabemos que não é fácil olhar Paula Rego, interpretar Paula Rego, gostar de Paula Rego…
Pois, posso dizer-vos que, todos os alunos e alunas com maior ou menor escolaridade se entregaram de corpo e alma nesta visita e, ao regressar, todos, sem excepção nos sentíamos mais ricos, mais conhecedores e mais sensíveis à arte, em si mesma, mas também a tudo o que ela nos transmite, do ponto de vista social, politico e filosófico.
Estou nesta Universidade Sénior há dois anos, como voluntária ensinando a pintar a óleo, aguarela (até agora) e seguiremos com pastel e acrílico, mas também e, sobretudo, sensibilizando para «olhar» a arte…enriquecer os nossos espíritos, criarmos, através dela, uma atitude perante a vida que nos preencha completamente. Pintando, ainda ninguém deu esse salto porque estamos numa fase de aprendizagem e há muito para fazer ainda. Todavia, o saber olhar, a recepção da arte em si mesma, esse passo está a ser dado a galope e viu-se nesta nossa primeira visita.
Éramos catorze pessoas. Todas extraordinárias…fantásticas! Homens e mulheres que, sendo seniores (uns mais outros menos), de facto ninguém tem idade. As suas, as nossas almas estão se abrindo a um mundo que tem tudo para nos tornar felizes a cada dia: a ARTE, a CULTURA.
Com Paula Rego aprendemos a ser crianças e adultos ao mesmo tempo. Aprendemos a aceitar os nossos medos e os nossos fantasmas. Aprendemos a olhar o Mundo com olhos de ver, despertando para uma realidade nua e crua que tanta vezes nos passa ao lado (a violência doméstica, o aborto, a discriminação, o preconceito). Além da sua pintura ser extraordinariamente bem executada…
Posso dizer, e todos o dirão, estou certa, que foi um dia inesquecível.
E, não exagero se disser que, ao regressarmos a nossas casas já nos sentíamos diferentes.
A maior riqueza que se adquire ao longo da vida é a da cultura.
E é o caminho mais curto para a Felicidade…….
Ercília Pinto Ribeiro da Silva
19/12/2008

O presépio na cidade

Eis um quadro colectivo, pintado pelos alunos e alunas de pintura da Universidade Sénior de Pombal. Está em exposição na Biblioteca Municipal de Pombal.
Chamámos-lhe «o Presépio na Cidade» e mereceu do juri de avaliação uma «Menção Honrosa».
Nesta mesma exposição encontram-se presépios realizados por diversas escolas - todos eles muito bonitos e bem originais.
Ercília Pinto Ribeiro da Silva

O DIVÓRCIO

A propósito do divórcio e, conversando sobre o tema, a minha mãe, de oitenta e quatro anos, declamou uns versos que, há mais de setenta, alguma atriz de teatro cantava:

Zanguei-me com o meu marido
aos três meses de consórcio,
e tomámos o partido
de recorrer ao divórcio.

A questão não demorou
e ficou tudo arrumado
o tribunal aprovou
e foi um para cada lado.

Passado um ano lembrei-me
de me tornar a casar
e a pouco e pouco deixei-me
pela ideia conquistar.

Vi um anúncio no jornal
que rezava assim, pois não minto
cavalheiro com moral
sério, educado e distinto,

Consorciar se deseja
com uma dama educada,
não se importa que seja
viuva ou divorciada.

Como não sou pessimista
respondi ao cavalheiro
e marquei-lhe uma entrevista
na praça do Areeiro.

Cheguei lá já estava à espera,
mas é caso divertido:
porque o cavalheiro era,
era o que foi meu marido!

Então a rir desatámos
e depois passado um mês
novos papéis arranjámos
e casámos outra vez!

Olhem, mas então não é engraçado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ercília Pinto Ribeiro da Silva

As aldeias do xisto

Porque várias pessoas nos interpelaram pela incoerência da reconstrução das aldeias, aqui vai o nosso esclarecimento:
A classificação de «aldeias do xisto» tem a ver com a área de projecto comunitário, sómente.
Nesta zona a reconstrução das casas faz-se com barro, madeira e pedra.
Ao tempo as telhas eram fabricadas artesanalmente com barro extraído dos barreiros e, muitas paredes eram construídas com barro prensado também.
Obrigados pela vossa atenção e pela vossa leitura.
Estamos aqui sempre convosco.
BOAS FESTAS!
Ercília e Carlos Ribeiro da Silva

Aldeias do Xisto

Na rede das aldeias do xisto, existe, bem perto de nós, uma belíssima aldeia, restaurada com pedra antiga, telha de canudo e janelas de madeira escurecida. É linda e vale a pena ser visitada. Chama-se «Casal de S.Simão» e situa-se junto às fragas de S.Simão no concelho de Figueiró dos Vinhos. «Na auto estrada Lisboa Porto, sair em Pombal e seguir o IC 8 na direcção Castelo Branco. Além da beleza da aldeia, respira-se ar puro, nesta época bem frio, mas saboroso que nos rejuvesnece. No verão pode-se tomar banho nas piscinas naturais das fragas na ribeira de Alge, situadas a uns bons metros de profundidade em relação à aldeia.
Um abraço!
Carlos Ribeiro da Silva

Uma visita surpresa

Chegou ontem, em tarde chuvosa. Passeava suavemente, com toda a elegância, nas margens do lago, quando demos conta...
Sózinha, buscando alimentos, a Garça achou por bem visitar-nos.
Como sempre na nossa casa, sentimos mais esta benção da Natureza!
A TODOS OS NOSSOS AMIGOS E AMIGAS DE TODO O MUNDO AQUI VAI A FOTO E COM ELA A NOSSA GRANDE AMIZADE!
Ercilia e Carlos Ribeiro da Silva