milhorey

Tuesday, June 29, 2010

DIVISÃO ADMINISTRATIVA

Vital Moreira abordava, há dias no Público, a questão da nossa divisão administrativa.
Embora não concordando com alguns dos seus artigos, desta vez, sigo o seu pensamento sobre o assunto:
Efectivamente no século XXI não se concebem concelhos com dois milhares de habitantes.
A Grécia foi forçada a uma redução das suas autarquias para metade (creio que as inferiores a 10.000 habitantes tiveram que se fundir).
As Juntas de Freguesia tem de suportar os custos das mensalidades do Presidente, do Tesoureiro, do Secretário, das senhas de presença dos elementos da Assembleia de Freguesia, de, pelo menos, um administrativo e do Gabinete de Contabilidade que elabora a sua escrita. É MUITO DINHEIRO TODOS OS MESES.
Uma redução das autarquias implicaria uma luta de bairrismos muito forte pelo que se tornaria, na prática, arranjar uma “guerra”
Mas como esta questão é urgente e necessária, ela terá de caminhar por diversas etapas.
Para começar esta grande reforma poderia iniciar-se com uma decisão, que julgo ser fácil de implementar, que era a eliminação da estrutura da junta de freguesia da localidade da sede do Concelho. Nada a justifica.
Neste caso bastaria haver um PROVEDOR, também ele eleito, que seria o elo de ligação da freguesia à estrutura da Câmara.
Depois e sucessivamente esta figura poderia ser implementada em outras situações, nomeadamente, nas freguesias de menor dimensão.
Carlos Ribeiro da Silva

Sunday, June 27, 2010

JOSÉ SARAMAGO - O HOMEM, O ESCRITOR

Saramago o homem: considerado por mim como uma pessoa distante, frio, e um irremediável ortodoxo, não só ideologicamente mas com a própria vida.
Saramago o escritor: O Primeiro, o Maior, sem dúvida.
Morre o homem e, durante toda a semana recolho e leio tudo quanto se diz sobre ele. Arrependo-me do que pensei. Não porque morreu, mas porque afinal, por de trás daquela aperente capa estaria um «sentimentalão», um apaixonado pela Humanidade, pela sua Pátria e pela Vida. Mesmo quando diz que gostaria de ser Ibérico. a)
Revelo aqui a minha ignorância, porque, lendo os seus livros, como li e desassossegada que sempre fiquei com eles, não me foi possível alcançar esse conhecimento pessoal que tanto gostaria, que, todavia, os que com ele privaram mo revelaram durante esta semana em escritos diversos.
Saramago o escritor: Li os seus principais livros. Truculento, de escrita difícil, desassosega-me, interroga-me, mexe comigo, não me deixa indiferente, faz-me estar atenta, voltar atrás, traduzir as metáforas... Que beleza!
Cada livro é um Monumento que se ergue à Escrita, à Mensagem, ao Povo, ao Mundo.
Saramago de facto não morreu e, como ele disse, «acabou de contar os dedos das mãos e encontrou as mãos cheias». Morreu feliz. Quem me dera!

(Escrevo passado uma semana porque estive fora, de férias em Sessimbra).

a) Esta sua revelação dá-me força para revelar aqui que também eu gostaria de ser Ibérica. Como ele disse: um dia Portugal se unirá à Espanha e ambas passarão a chamar-se Ibéria.
Isto dito assim poderá ferir alguém? Não. Afinal Portugal não perderia nada, pelo contrário, ganharia tudo. Seria um futuro digno. Contudo estamos num caminho político que, não sei, de todo, se seguirá por aí...
Um abraço,
Ercília

Wednesday, June 16, 2010

E O MUNDIAL...

Está como o país. O treinador não entusiasma ninguém. É um triste, coitado! E os jogadores, por melhor que sejam, fazem o que o seu «mestre» manda: «Não se magoem...»
Para mim tanto se me dá.
Estou mesmo preocupada é com o FMI que já estará em Espanha num dos próximos dias... E, de Espanha aqui é um pulinho...
Um abraço, Ercília

Sunday, June 13, 2010

O SINAL DOS TEMPOS

A propósito do fecho de muitas escolas no País, hoje o tema de conversa no encontro semanal no café 2000 (a tertúlia do costume), fui alertada para esta realidade... o fecho das escolas não matam as aldeias, estas já morreram.
E, segundo o meu amigo Adelino Malho elas vão continuar a morrer e haverá uma desertificação real do País... Custa a aceitar mas, de facto esta será a realidade. Porquê? Porque se tornará incomportável a manutenção da presença do Estado em aldeias ou pequenas povoações onde o Estado é o único empregador, onde se tem que manter a energia eléctrica (muitas vezes a iluminar a rua deserta), os esgotos, as estradas alcatroadas e ainda um posto médico e uma escola...
Quando ele me dizia isto eu ía pensando: não há dúvida que, na minha aldeia, três pequenas povoações adjacentes já terminaram - são hoje floresta, apenas. E, não obstante nós, os mais velhos mantermos esta nostalgia «da nossa terra», a verdade é que manterem-se aldeias e até freguesias com uma carga burocrática necessária, mas dispendiosa, passa a ser um absurdo dentro de pouco tempo.
É o sinal dos tempos!
Sou uma pessoa que se adapta com toda a facilidade às novas realidades que se me apresentam e... pronto. Tudo bem. O argumento era: as pessoas têm necessidade de estar juntas, de conviver, as crianças precisam de uma educação completa e exigente que só será viável em grupo. Então assim será. As pessoas tenderão, cada vez mais a viver em centros mais desenvolvidos. Porquê reclamarmos o contrário?
É um sinal dos tempos.
Um abraço , Ercília